sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mitos prejudicam detecção precoce do câncer de mama


O câncer de mama é, atualmente, uma das doenças que mais matam em todo o mundo, sendo no Brasil a segunda causa de morte. Somente no país, dentre todos os tipos de tumores, o de mama é o de segunda maior incidência nas mulheres. Porém, um outro fator ajuda a piorar um pouco mais esse quadro: o da desinformação das pacientes em relação a doença.

Um levantamento do Icesp apontou as principais dúvidas e questionamento das mulheres atendidas na unidade em relação ao câncer de mama. Os resultados foram algumas dúvidas e mitos que fogem bastante da realidade e que acabam não colaborando no diagnóstico e tratamento da doença.

Algumas dúvidas como “eliminar o leite da dieta ajuda a curar uma neoplasia maligna de mama?”, “o uso de desodorantes pode provocar câncer?”, “o consumo elevado de vitamina D, pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença?”, são exemplos de questionamentos comuns entre as mulheres.

De acordo com o mastologista do Icesp, José Roberto Filassi, ainda se sabe pouco sobre os comportamentos que ajudam a ampliar ou reduzir as chances de se ter a doença, porém é possível afirmar ou desmistificar alguns desses questionamentos. “Existe uma série de informações que circulam sobre o tema que não estão fundamentadas em estudos científicos e, portanto, não correspondem à realidade. Conversar com seu médico é sempre o melhor caminho para esclarecer todas as dúvidas sobre este assunto”, alerta.

Veja abaixo o que é verdade e o que é mito quando o assunto é câncer de mama:

Mitos:

- Cessar o consumo de leite de origem animal cura o câncer de mama.

- O uso de desodorantes pode aumentar o risco de desenvolver a doença.

- Quem não tem histórico familiar não apresentará a doença.

- Próteses de silicone podem causar neoplasia maligna de mama.

Verdades:

- A falta de vitamina D pode aumentar as chances de surgimento deste câncer.

- Emoções negativas como estresse, mágoas e raiva estão associadas ao câncer.

- Histórico familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama. Se o parentesco for de primeiro grau (mãe ou irmã) a atenção deve ser redobrada.

- Câncer de mama está associado à idade: quanto maior a idade maior a chance de incidência

- Ter a primeira menstruação precocemente ou a menopausa tardia (após os 50 anos), aumenta o risco de desenvolvimento da doença.

- Gestações tardias (após os 30 anos) e a nuliparidade (não ter tido filhos) também ampliam o risco para o câncer de mama.

- A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, e o tabagismo podem elevar a chance de desenvolvimento da doença.


Fonte: ICESP - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

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