segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Contribua para o avanço da pesquisa do câncer. Doe sua Nota Fiscal Paulista para o Hospital A.C.Camargo



O Hospital A.C.Camargo, mantido pela Fundação Antônio Prudente, como um dos principais centros de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa de câncer da América Latina, ao longo de seus 57 anos de história, tem como premissa investir em projetos de pesquisa destinados ao avanço do tratamento oncológico.

Essa atitude está refletida no dia-a-dia da Instituição, por meio dos projetos desenvolvidos pelo CEPID – Centro de Excelência em pesquisa, inovação e difusão e pelo INCITO - Instituto de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica.

Como resultado dos projetos de pesquisa realizados no A.C.Camargo, só em 2009, 131 publicações de impacto internacional foram realizadas. Num momento em que a ciência avança na quantidade de pesquisas, o A.C.Camargo acrescenta qualidade, contribuindo para que o Brasil seja internacionalmente reconhecido na área.

Desde 1997, data da criação da escola de Pós Graduação do A.C.Camargo, mais de 1.200 artigos foram publicados em revistas internacionais de impacto, uma contribuição ímpar para a história da ciência brasileira, com uma produtividade nunca alcançada por outra instituição médica no país.

Doe sua Nota Fiscal Paulista para o Hospital A.C.Camargo

Para dar continuidade ao desenvolvimento dos projetos de pesquisa em prol do combate ao câncer, o Hospital A.C.Camargo realiza a campanha “Doe sua Nota Fiscal Paulista para a pesquisa do câncer”.

A Nota Fiscal Paulista é um projeto de estimulo à cidadania fiscal no Estado de São Paulo, que tem por objetivo incentivar os consumidores a exigirem a entrega do documento fiscal na hora da compra. Além disso, visa gerar créditos aos consumidores, os cidadãos e as empresas do Estado.

Por meio de uma iniciativa simples, você pode contribuir para a pesquisa do câncer.

Fundamentação Legal

De acordo com a lei 13.441 de 10 de março de 2009 que deu nova redação a Lei 12.685/2007, o Governo do Estado de São Paulo permitiu que pessoas físicas ou jurídicas pudessem também transferir os créditos aproveitados decorrentes do incentivo de parte do ICMS efetivamente recolhidos pelo estabelecimento vendedor ou prestador de serviços, às entidades paulistas de direito privado da área da saúde, sem fins lucrativos, conforme disciplina a ser estabelecida pela Secretaria da Fazenda. Há três formas de essa doação ocorrer, conforme consignado no item 2 seguinte.

A doação do crédito refere-se ao montante corresponde a 30% do ICMS efetivamente recolhido pelo estabelecimento a seus consumidores.

Para obter mais informações sobre a Nota Fiscal Paulista acesse o site http://www.nfp.fazenda.sp.gov.br/

Para realizar a doação

A doação dos créditos referentes à Nota Fiscal Paulista para o Hospital A.C.Camargo pode ser feita de 02 formas:

1 - Ao efetuar qualquer compra em qualquer estabelecimento informe ao caixa o número do CNPJ do Hospital A.C.Camargo: 60.961.968/0001-06. Assim o crédito já será repassado aos Projetos de Pesquisa em desenvolvimento no Hospital.

2 - Você também pode doar os valores já relacionados em seu CPF/CNPJ para o CNPJ do Hospital - 60.961.968/0001-06: Toda compra onde tenha sido informado o CPF do comprador na Nota Fiscal ou Cupom Fiscal, gera um crédito. Esstes créditos são liberados pelo Governo do Estado de São Paulo nos meses de Outubro e Abril.

Se você já realizou alguma compra informando o seu CPF ou CNPJ, mas ainda não os resgatou, você pode revertê-los em doações para o Hospital A.C.Camargo. Para isso, basta acessar o site http://www.nfp.fazenda.sp.gov.br/ escolher a opção Doar para uma entidade e informar os dados do Hospital A.C.Camargo. A doação do crédito pode ser total ou parcial.

Participe e indique esta ação para quem você conhece!

Conheça os projetos de pesquisa que serão beneficiados por esta iniciativa

A captação de recursos provenientes de doações de créditos da Nota Fiscal Paulista apoiará o financiamento da estrutura necessária para, dentre outros, os seguintes projetos de pesquisa:

1.Projeto CEP nº. 1151/08

"Projeto Piloto: Avaliação do PET-CT com 18F-FAcT (Fluoroacetato) no diagnóstico inicial dos tumores da próstata e das mamas."

Pesquisador Responsável: Dr. Eduardo Nóbrega Pereira Lima

Co- pesquisadores: Prof. Dr. Ricardo R Brentani, Dr. Ademar Lopes, Dr. Mário Mourão, Dr. Fernando Soares, Dr. Rubens Chojniak

Esse projeto faz parte do projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO)

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)


Resumo: O traçador mais freqüentemente empregado para se obter imagens por Tomografia por emissão de pósitrons (PET) é o 18F2-fluoro-2-deoxi-Dglicose, comumente abreviado para 18F-FDG. O 18F-FDG tem sido empregado com sucesso na oncologia devido á sua maior absorção diferencial pelas células neoplásicas, pois estas consomem mais glicose como fonte de energia do que os tecidos normais circundantes. Este elevado consumo de glicose revelou-se útil para a detecção de numerosas neoplasias incluindo-se as de pulmão, cólon, cabeça e pescoço, cérebro e outras. Contudo, em alguns tipos especiais de câncer com reduzido consumo de glicose, como o de próstata ou de mama, usando-se o 18F-FDG como traçador algumas limitações na detecção tumoral se tornam presentes. Da mesma maneira que o PET utiliza-se do traçador 18F-FDG para determinar as áreas de maior consumo de glicose, também no PET pode ser utilizado o acetato como traçador para demonstrar áreas de maiores alterações da síntese lipídica no corpo; sendo este, inicialmente, associado ao isótopo Carbono 11A perspectiva atual de disponibilização de 18F-FAcT, existente devido aos diversos processos de síntese já relatados e a capacitação das equipes locais do IPEN para a realização destes processos; associada á intensa necessidade do Hospital A.C. Camargo em aprimorar sua capacidade diagnóstica e de compreensão do câncer de próstata e de mama, nos indica a necessidade de desenvolver um estudo piloto nesta área.

2. Projeto CEP nº. 1172/08
"Rastreamento global do genoma para mutações gênicas em carcinomas colorretal não polipóides hereditários pela combinação de fragmentos genômicos exon-enriquecidos e seqüenciamento de alta performance".

Pesquisador Responsável: Dra. Dirce Maria Carraro

Co-pesquisadores: Dr. Benedito Mauro Rossi, Dra. Helena Paula Brentani, Dr. Fernando Augusto Soares, Dra. Silvia Regina Rogatto e Dr. Luiz Paulo Kowalski

Esse projeto faz parte do INCITO

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)


RESUMO: Avaliação de alterações germinativas em pacientes que claramente apresentem predisposição hereditária a algum tipo de tumor hereditário é um campo ainda não investigado e que se beneficiará muito com estratégias genômicas para rastreamento das seqüências de genes que codificam proteínas. A busca de mutações germinativas a partir de DNA extraído de leucócitos, seguramente resultará em um menor número de alterações gênicas, uma vez que os efeitos secundários resultados do fenótipo neoplásicos que resultam na alta heterogeneidade entre os tumores de mesma histologia (Sjoblom et al., 2006; Jones, et al., 2008 e Parson et al., 2008) não estarão presentes. Nossa intenção é aplicar metodologias que possibilitem o rastreamento de longos trechos genômicos correspondentes a genes que codificam proteínas para definição do espectro de mutações germinativas de pacientes que apresentam critérios clínicos preenchidos para síndrome de Lynch (HNPCC - Hereditary nonpolyposis colorectal câncer), e que não apresentem mutações nos genes classicamente associados à síndrome (hMLH1, hMSH2, hMSH6, PMS2, CHEK2 e TP53), pelo uso de metodologias baseadas na combinação de microarray, para enriquecer os fragmentos de DNA com as regiões desejadas, e seqüenciamento de alto desempenho.

3.Projeto CEP nº. 1174/08

"Determinação dos perfis de expressão do câncer de mama e próstata utilizando genes codificadores e não codificadores de proteínas".

Pesquisador Responsável: Dra. Silvia Regina Rogatto
Co-pesquisador: Dra. Dirce Maria Carraro

Esse projeto faz parte do projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO)

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)


RESUMO: O câncer de mama corresponde a um em cada três casos diagnosticados por câncer em mulheres e é a segunda causa de morte em mulheres no mundo. A estratificação do risco individual de recidiva (prognóstico) ou de resposta terapêutica (predição) baseia-se principalmente no estadiamento clínico ou anátomo-patológico, bem como na avaliação de marcadores moleculares conhecidos (p.ex.status de receptores hormonais, HER-2 e Ki67). Devido à natureza complexa e multifatorial do câncer de mama, a capacidade de predizer a evolução clínica da doença é limitada. O câncer de próstata é o terceiro tipo mais comum de câncer e o primeiro em homens, representando 6% da mortalidade masculina no mundo (Parkin et al., 2005; Jemal et al., 2008). Os métodos atualmente disponíveis de rastreamento ainda não se mostraram bem sucedidos em reduzir óbitos e levaram a muitas cirurgias desnecessárias, causando perdas financeiras e de qualidade de vida (Steuber et al., 2008). Assim, novos métodos para a classificação dos tumores e avaliação prognóstica são de grande interesse para a comunidade médica (Bensalah et al., 2008; Margreiter et al., 2008). Estas observações levaram ao desenvolvimento de novas tecnologias com o objetivo de identificar novos biomarcadores (DNA, RNA ou proteína) que permitam analisar a doença em casos individuais, determinar seu curso e avaliar a resposta à terapia. A análise de biomarcadores tornou-se também uma ferramenta importante para a descoberta de novas drogas, para o desenvolvimento pré-clínico de drogas, e para o monitoramento de pacientes durante ensaios clínicos. O desenvolvimento recente de técnicas de alto desempenho envolvendo seqüenciamento de DNA, perfil de expressão de RNA e de proteínas, número de cópias de DNA entre outros, propiciou uma oportunidade sem precedentes para buscar novos biomarcadores para a pesquisa oncobiológica. Atualmente, torna-se claro que RNAs regulatórios não-codificadores (ncRNA) são muito mais abundantes e podem ser diferencialmente expressos (Reis et al., 2004; Schetter et al., 2008). Com efeito, testes baseados na assinatura de expressão de microRNAs dirigida para câncer estão rapidamente chegando ao mercado (HTTP:/WWW.rosettagenomics.com/). Temos interesse crescente na biologia de uma destas famílias cujos transcritos estão mapeados em introns de genes codificadores envolvidos no câncer (Nakaya et al., 2007). Em uma série de projetos iniciados há poucos anos, como parte do projeto temático “Identificação de marcadores diagnósticos e prognósticos em câncer usando microarrays” financiado pela FAPESP e coordenado pelo Dr.Verjovski-Almeida, foram identificados vários ncRNAs intrônicos cujos níveis de expressão se correlacionavam com o grau de diferenciação de cânceres de próstata (Reis et al., 2004).Não foi detectado enriquecimento semelhante para transcritos exônicos, sugerindo o papel especial dos transcritos intrônicos de genes envolvidos em regulação da transcrição. Foi observado também que número significativo de transcritos intronicos tem expressão tecido-específica. Os achados sugerem que ncRNAs longos têm um importante papel na regulação da expressão gênica em câncer. Outros autores também demonstraram que a mensuração da abundância de pequenos microRNAs não-codificadores, muitos deles provenientes de regiões intrônicas, são úteis para classificar tumores (Calin et al., 2005; Iorio et al., 2005; Lu et al., 2005; Blenkiron et al., 2007; Tavazole et al., 2008). O foco deste projeto é produzir um avaliador prognóstico para câncer de mama em estágios iniciais e em câncer de próstata, baseado em um novo grupo de genes discriminatórios, representando transcritos codificadores para proteína e não-codificadores. Pretendemos empregar uma plataforma singular customizada de oligoarrays intron/exon produzida pela Agilent, sob encomenda, contendo cerca de 244k sondas de fita simples das quais 200k representam fitas senso e anti-senso e 100k representam transcritos intronicos não-codificadores. São dois os aspectos inovadores desta proposta. Primeiro, será utilizado oligoarray da Agilent com 244k elementos interrogando RNAs transcritos de regiões intrônicas e exônicas do genoma humano.Como a maior parte dos transcritos do genoma humano compreende RNAs não-codificadores (ENCODE_project_consortium, 2007), acreditamos que esta abordagem seja uma contribuição inovadora no campo do prognóstico de câncer de mama. Segundo, a posição estratégica do HACC proporciona uma oportunidade única para integrar a pesquisa básica com a prática clínica, acelerando a possível aplicação dos achados moleculares.

4. Projeto CEP nº. 1175/08

"Variações do número de cópias (Copy Number Variations – CNVs) em Síndrome de Câncer Hereditário e Agregação Familial: Carcinomas colorretal (Síndrome de Lynch) – Carcinomas de mama e ovário – Síndrome de Li Fraumeni".

Pesquisador Responsável: Dra. Silvia Regina Rogatto Co-pesquisadora: Carla Rosenberg

Aluna envolvida: Francine Blumental

Esse projeto faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO)

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)

Resumo: O estudo tem como base os seguintes achados da literatura. 1) Aproximadamente um terço das famílias que preenchem os critérios clínicos de Amsterdam para LS não apresenta evidências de defeitos no sistema de reparo a danos no DNA. Lindor et al., (2002), avaliando famílias americanas, australianas e européias, demonstraram que as que preenchiam os Critérios de Amsterdam, e não possuíam alterações moleculares detectáveis nos genes conhecidos, apresentavam padrão de incidência de tumores e idade de acometimento diferentes das famílias nas quais as alterações podiam ser caracterizadas. Estes resultados têm uma implicação prática direta na orientação das famílias, na conduta terapêutica, e no seguimento a ser estabelecido. 2) Rearranjos genômicos, incluindo deleções, representam 15% a 55% de todas as mutações em genes MMR em pacientes com síndrome de Lynch (Zhang et al., 2006; Pistorius et al., 2007; Baudhuin et al., 2005; Bunyan et al., 2004; Grabowski et al., 2005; Wang et al., 2006; Wagner et al., 2003; Gille et al., 2002; Wijnen et al., 2008), e possivelmente, deleções afetando novos genes podem estar envolvidos na etiologia do câncer hereditário. 3) Outra questão refere-se a ocorrência do câncer de mama ser o tumor extracolônico mais freqüente em mulheres com suspeita de CRC hereditário no Registro de Cancer Colorretal Hereditário (RCCH) do Hospital AC Camargo. Na literatura, este tumor não faz parte dos critérios de Amsterdam, ou sequer está relacionado como integrante da síndrome de Lynch. Meijers-Heijboer et al. (2003) sugerem a possibilidade de uma nova síndrome de predisposição hereditária ao câncer de mama e de cólon, associada ao gene CHEK2. Entretanto, até o presente, esta associação não foi adequadamente estabelecida. 4) Com relação aos pacientes de alto risco hereditário para CRC, não temos conhecimento de estudos nacionais para avaliar como surgem as lesões precursoras e se ocorrem alterações moleculares associadas. O registro de carcinomas colorretais do Hospital do Câncer AC Camargo - Oncotree Database - já conta com 130 famílias. No presente estudo, serão selecionadas famílias que apresentem os critérios clínicos internacionalmente aceitos para a categorização de uma Síndrome de Câncer Familial ou agrupamentos familiais que se enquadrem em todos exceto um dos critérios. Serão incluídas as famílias em que haja disponibilização de amostras de DNA genômico de, no mínimo dois indivíduos afetados. Os probandos a serem avaliados deverão já ter realizados os testes genéticos para alterações nos genes hMLH1, hMLH2, hMSH6, PMS1 e PMS2 na associação com a síndrome de câncer colorretal hereditário ou passarem previamente por essa triagem antes da investigação para CNVs e não apresentar alteração de qualquer um desses genes. Na associação câncer de mama e colorretal, as pacientes serão também avaliadas para ausência de mutações nos genes BRCA1, BRCA2 CHEK2 e TP53 antes de sua inclusão na análise de CNVs, e todos os demais critérios mencionados acima. Até o momento, estão disponíveis em nosso banco 50 famílias selecionadas de acordo com os critérios estabelecidos neste projeto incluindo Síndrome de Lynch, mama-colorretal, Síndrome de mama e ovário e Síndrome de Li Fraumeni. Para a síndrome de câncer mama-ovário hereditário, serão incluídos probandos identificados como negativos para mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Na Síndrome de Li-Fraumeni serão selecionados os propósitos com ausência de mutações ou alterações no gene TP53. Os probandos e seus familiares com ausência das mutações acima descritas serão avaliados para alterações no número de cópias genômicas. Todos os pacientes e seus familiares deverão ser acompanhados no Serviço de Aconselhamento Genético. O projeto aqui proposto tem como base normatizar o diagnóstico clínico e anatomopatológico, rastrear com efetividade lesões precoces em cólon, estabelecer o diagnóstico molecular dos principais genes envolvidos na etiologia do câncer colorretal e câncer de mama hereditários e disponibilizar o modelo de registro em Oncogenético (OncoTree) para as diferentes Instituições envolvidas no projeto.

5. Projeto Afiliado CEP nº. 1175/08B

"Variação no número de cópias na avaliação de genes principais de predisposição em pacientes com Síndrome de Mama-Colon triados para mutações nos genes BRCA1, BRCA2, TP53 e CHEK2".

Pesquisador Responsável: Dra. Silvia Regina Rogatto Colaboradores: Dr. Fernando Augusto Soares, Dr. Benedito Mauro Rossi

Aluna: Francine Blumental (Mestrado)

Esse projeto faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO)

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)


Resumo: O câncer colorretal (CCR) é uma das causas mais freqüentes de morte por câncer com uma incidência anual de 800.000 novos casos no mundo. Acredita-se que esta alta incidência esteja relacionada ao envelhecimento da população, à adoção de estilo de vida mais sedentária, ao consumo de dietas pouco saudáveis e a predisposição genética. Os cânceres colorretais hereditários são responsáveis por aproximadamente 8% dos casos de CCR, no qual 1% representa a Polipose Adenomatose Familiar (FAP) e 7% o Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC) ou Síndrome de Lynch (SL). O HNPCC é classificado em Síndrome de Lynch I, que está associada à suscetibilidade ao câncer de cólon proximal e múltiplos CRCs primários, e Síndrome de Lynch II, que além de apresentar as mesmas características que a anterior também está associada ao câncer extra-colônico, como o carcinoma de endométrio, de ovário, entre outros. Segundo o Registro de Câncer Colorretal Hereditário (RCCH) do Hospital AC Camargo, o câncer de mama é o tumor extra-colônico mais freqüente entre mulheres com suspeita de CRC hereditário, sugerindo a possibilidade de uma nova síndrome hereditária de predisposição ao câncer denominada Síndrome de Mama-Cólon. Recentemente, variações no número de cópias genômicas (CNV) foram identificadas como uma nova forma de variação genética humana que incluem deleções, inserções e duplicações. As CNVs têm sido associadas a alterações na expressão gênica quando ocorrem em uma unidade funcional do gene. Contudo, ainda não foi explorada a importância das CNVs na suscetibilidade e progressão do câncer humano. Como as CNVs são abundantes no genoma humano e estão relacionadas a variabilidade genética, elas podem representar uma ferramenta importante para o estudo de possíveis genes candidatos ao câncer, podendo também definir uma nova via fisiopatológica da doença. O objetivo do presente estudo é identificar CNVs associadas à Síndrome de Mama-Cólon em pacientes e em seus familiares pela avaliação das variações no número de cópias genômicas. Para a análise de CNVs serão utilizadas as pacientes que apresentaram ausência de mutações nos genes BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 e pelo menos três parentes, sendo dois deles afetados e o outro não afetado. Os perfis de variação no número de cópias serão analisados por meio da metodologia de CGH-array. Esta investigação pode identificar CNVs específicas em famílias predispostas ao câncer de mama-colon e contribuir para o conhecimento da etiopatogenia destas neoplasias.

6. Projeto CEP nº. 1249/09
“Identificação de marcadores moleculares de resposta à quimioterapia neoadjuvante e associação de radioterapia e quimioterapia em pacientes com carcinoma epidermóide de Orofaringe”.

Pesquisador Responsável: Dra. Silvia Regina Rogatto Colaboradores: Dr. Luiz Paulo Kowalski, Dr. Ulisses Ribaldo Nicolau e Dr. Fernando Augusto Soares, Luciana Albina Reis Rosa

Esse projeto faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO)

CNPQ (Processo nº: 573589/2008-9)

Resumo: Identificar, pela análise de expressão gênica em larga escala (cDNA microarrays), genes diferencialmente expressos entre os grupos de pacientes respondedores e não respondedores a tratamentos quimioterápicos (combinação de docetaxel, cisplatina e 5-fluoro-uracil administrados de forma neoadjuvante) seguidos de radioterapia concomitante associado à carboplatina buscando marcadores biológicos que possam servir como potenciais preditores de resposta ao tratamento;
Identificar variações no número de cópias genômicas nas mesmas amostras e em plataforma análoga e de mesma procedência a utilizada na análise de expressão gênica;
Comparar dados de alterações do número de cópias genômicas (CGH arrays) e com os de expressão gênica para correlacionar os fenômenos de amplificação gênica e aumento de expressão dos transcritos e ou deleções e perda de expressão dos transcritos; Identificar e genotipar o HPV nas amostras de carcinomas de orofaringe; Correlacionar esses achados com dados de resposta à terapia e com os dados clínicos, patológicos dos pacientes e de infecção por HPV; Avaliar o impacto dos marcadores moleculares identificados na sobrevida global e livre de doença nos pacientes portadores de CECs da orofaringe.

Fonte: Hospital A.C.Camargo


terça-feira, 10 de agosto de 2010

28 de Agosto McDia Feliz


Coordenado pelo Instituto Ronald McDonald, o McDia Feliz é a maior campanha do país no combate ao câncer infanto-juvenil, além de ser o principal evento comunitário do Sistema McDonald’s no Brasil.

No McDia Feliz, todo o recurso arrecadado com a venda de sanduíches Big Mac (exceto alguns impostos), vendido separadamente ou na McOferta de Big Mac além de materiais promocionais confeccionados pelas instituições participantes é revertido para instituições de apoio e combate ao câncer infanto-juvenil de todo país.

O evento garante o dia de maior movimento em mais de 500 restaurantes McDonald’s, contando com uma mobilização de mais de 30 mil voluntários. Ao longo de 21 anos de realização da campanha, a renda obtida com o McDia Feliz contribuiu para o expressivo crescimento do índice de cura da doença no Brasil: de 15%, no final da década de 80, podendo chegar a 85% em alguns casos.

Com os resultados obtidos desde o primeiro ano de sua realização, em 1988, a campanha já reverteu a mais R$ 100 milhões para mais de 100 instituições brasileiras, em mais de 20 estados. Os recursos têm viabilizado a implantação de unidades de internação, ambulatórios, e salas de quimioterapia, casas de apoio e unidades de transplante de medula óssea, entre outros projetos em benefício de crianças e adolescentes com câncer.

Campanha 2010

A edição 2010 do McDia Feliz será realizada em 28 de agosto. Neste ano, os recursos da campanha serão investidos em 69 projetos, de 58 instituições em todo o país.

Objetivos da Campanha

  • Despertar a atenção de toda a sociedade e sensibilizá-la para a maior causa de morte por doença entre crianças de 5 a 19 anos;
  • Captar recursos e concentrar esforços para a realização de projetos prioritários em nível local, regional e nacional;
  • Contribuir para o aumento do índice de cura do câncer infanto-juvenil.

Você sabia?

  • O McDia Feliz é o evento que mais arrecada fundos para a causa do câncer infanto-juvenil;
  • Desde 1988, a campanha já doou cerca de R$ 110 milhões a instituições sociais brasileiras;
  • A arrecadação do McDia Feliz 2009 foi a maior conseguida no Brasil: R$ 11.661.422,24 com a venda de aproximadamente 1,34 milhão de sanduíches Big Mac.