quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Projeto Cíclotron: revolução no diagnóstico do câncer

Um dos maiores entraves para que se possa garantir a cura de pacientes com câncer é a descoberta tardia da doença. Por isso mesmo, programas de prevenção cujo apelo maior é atenção com a própria saúde são tão importantes e podem representar a diferença entre a vida ou a morte de milhares de pessoas, anualmente.

Agora, uma nova etapa acaba de ser alcançada pelo Governo de São paulo para descoberta e tratamento precoce de câncer. Trata-se do Cíclotron, um novo tipo de exame que permite detectar a doença em nível molecular ou subcelular. Os benefícios do procedimento, que são amplamente reconhecidos em todo o mundo, irão revolucionar o modelo de diagnóstico de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O aparelho, fruto de uma parceria entre o Icesp e o HC terá capacidade para atender cerca de 14 mil pessoas por ano, com a produção de radiofármacos emissores de pósitrons. Essa substância é injetada nos pacientes e permite que os profissionais localizem o tumor em desenvolvimento durante a realização de exames em um PET-CT. Isto porque, as células tumorais se alimentam de alguns compostos presentes no radiofármaco, atraindo a substância para si após a aplicação.

Antes disso, só seria possível identificar uma neoplasia, sem necessidade de um procedimento invasivo, observando alterações do órgão afetado. E, no Brasil, assim como em qualquer lugar do mundo, a demanda por tipo de exame é grande, já que o diagnóstico da doença em estágio inicial é o caminho mais curto para ampliação das chances de cura e de controle do desenvolvimento do tumor, além de melhor adequação do tratamento.

Investimento

O Projeto Cíclotron está orçado em R$ 17,7 milhões, divididos em investimentos de R$ 7,7 milhões em obras (R$ 4,2 milhões da Secretaria de Estado da Saúde e R$ 3,5 milhões do InRad) e mais cerca de R$ 10 milhões da parceria com o Hospital Sírio-Libanês para os custos com os equipamentos do projeto e disponibilização de um PET-CTcom recursos humanos especializados para realização de exames em pacientes SUS.
O aparelho funcionará dentro de uma casamata de 520 metros quadrados, protegida por paredes de concreto com 1,90m de espessura. A função desse verdadeiro “bunker” é evitar que a radioatividade produzida durante o funcionamento do aparelho ganhe o ambiente externo.

Fonte: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

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